quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Corporativismo entre os professores


O gesto da senhora Lourdes de Fátima Bezerra Carril deve ofender a todo professor comprometido com a propagação do conhecimento e ampliação de profissionais qualificados em um país tão carente em mão de obra especializada como o Brasil, ainda mais porque pesados recursos públicos são investidos em uma instituição federal que tem como obrigação retornar em serviços de qualidade de forma EFICIENTE, uma vez que a sociedade não suporta mais a alta carga de imposto que nela incide e, portanto não dispõe de mais recursos para ampliar o acesso ao ensino profissionalizante a não ser tornando a estrutura montada mais eficiente, produzindo mais resultados com o que está disponível.
Causa estranheza os motivos dessa senhora em afirmar que os professores dessa instituição estão saturados de trabalho que acabaram de aumentar sua carga de aula para 17 horas semanais dentro de uma jornada de 40 horas semanais. Então em que situação estariam os professores do SENAI, por exemplo, na qual eu faço parte do quadro? Uma vez que nós, dentro da mesma jornada, ministramos 32 horas de aula, quase o dobro daquela instituição (era o dobro antes desse pequeno aumento). Quem está trabalhando errado nessa história? A resposta pode ser obtida com alguns resultados que o SENAI tem para oferecer, cada hora de aluno do SENAI custa pouco mais de R$ 9,00 com o dinheiro da indústria. Quanto custa cada hora de aluno nos institutos federais com o dinheiro público?
Eu como professor que trabalha intensamente para o aprendizado de meus alunos me sinto agredido pelo ato daquela senhora que está preocupada em defender privilégios ao invés de lutar para ampliar o número de alunos, o único fato positivo disso tudo é que hoje o Instituto Federal de SP ficou melhor com o pedido de demissão dessa senhora.
É importante que as lideranças das principais instituições de ensino do país manifestem-se a respeito desse evento para que norteie os dirigentes responsáveis por gerir o dinheiro público daquela instituição em prol da sociedade e não para atender a interesses corporativistas que parece ser esse o caso.

Fabriciu A. V. Benini

* essa é uma opinião pessoal, não representando nenhuma entidade, classe ou instituição.

O TEXTO ACIMA FOI MOTIVADO PELO ARTIGO PUBLICADO NA FOLHA DE SÃO PAULO DO DIA 07 DE OUTUBRO DE 2011 COPIADO LOGO ABAIXO:

Em protesto, pró-reitora deixa escola federal

Dirigente de ensino em São Paulo reclama de aumento de carga de aulas para professores

FÁBIO TAKAHASHI
DE SÃO PAULO

A pró-reitora de ensino do Instituto Federal de SP decidiu deixar o posto por discordar do aumento da carga de aulas aos docentes, medida tomada em maio passado.
A crítica coincide com uma das reivindicações de grevistas da escola -a greve nacional já dura 68 dias. Mantido pela União, o instituto tem 18 mil alunos em cursos técnicos e tecnológicos, do nível médio ao superior. Costuma ser a melhor escola pública de SP no Enem.
Pró-reitora nos últimos dois anos e meio, Lourdes de Fátima Bezerra Carril discorda do reitor e, por isso, pediu demissão há uma semana.
Ela diz que docentes estão sobrecarregados devido à norma de maio, que fixa em 17 o número de horas semanais a serem obrigatoriamente destinadas a aulas (em contratos de 40 horas semanais).
Assim, em geral os professores precisam lecionar 22 aulas por semana. Antes, eles podiam dar 18 aulas. "Precisamos fazer pesquisa, extensão e preparação de aulas. Não dá tempo", afirma.
Ela reclama ainda do acordo que permite que alunos da rede estadual tenham aulas na federal. "Tais questões somam-se a outras, totalmente desprezadas pela reitoria", diz Carril em carta aberta.

A GREVE
A paralisação nacional atinge, parcial ou integralmente, 168 dos 354 campi no país, segundo o sindicato da categoria, o Sinasefe. Além da carga de aulas (reivindicação específica em SP), uma das exigências é de reajuste de 14,67%. O salário inicial do professor é de R$ 2.762 (com dedicação exclusiva).
O Ministério do Planejamento afirma que só negocia quando a greve acabar. O reitor do Instituto Federal de SP, Arnaldo Augusto Ciquielo Borges, diz que as adaptações foram feitas para atender mais alunos -as matrículas cresceram quatro vezes nos últimos seis anos.
Em relação à nova carga horária, ele diz que o volume diminuiu para alguns docentes.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A questão do trânsito no Brasil

Outro dia recebi o seguinte e-mail de um amigo:

CET INAUGURA Radares Embutidos
CET INAUGURA A ERA DOS “RADARES ARAPUCAS” EM SP
Para quem mora em São Paulo, e também para aqueles que visitam SP, muita atenção !...fiquem atentos !...







Atenção para os novos radares em São Paulo
Os radares “arapucas” agora estão embutidos nos “guard-rails” !


Os endereços são:
 1) Av. Rio Branco x Av. Duque de Caxias;

2) Av. Brasil x Rua. Veneza;

3) Rua Tabapuã x Rua Dr. Renato Paes Barros;

4) Av. Do Estado x Av. Santos Dumont;

5) Rua Jeroaquara x Rua Clélia;

6) Rua Bom Pastor x Rua dos Patriotas;

7) Av. Francisco Matarazzo x Av. Antártica;

8) Av. Diógenes Rua de Lima x Av. São Gualter;

9) Av. São João x Av. Ipiranga;

10) Av. Brasil x Rua Colômbia;

11) Rua Dr.. Plínio Barreto x Rua Rocha;

12) Rua Rui Barbosa x Rua Conselheiro Carrão;

13) Av. Eusébio Matoso x Rua Bento Frias;

14) Rua Taquari x Rua Catarina Braida;

15) Av. Santo Amaro x Av.Dr. Hélio Pellegrino;

16) Av. Afrânio Peixoto x Rua Alvarenga;

17) Rua Antonio de Barros , altura da Rua Aguapei;

18) Av. Esc. Politécnica, Altura da Ci. Alb. Cavalcanti;

19) Rua Boa Vista, Altura da Rua São Bento;

20) Av. Esc. Politécnica x Rua Waldemar Roberto.

Tambem foram inseridos os radares de pequena dimensão, embutido em
 vigas de muro de cimento, numa altura de 2,50 a 3,00m., um dos exemplos é o do Laboratório Roche, no começo da pista local da marginal Pinheiros sentido Santo Amaro, a 300 m . de quem vem da Castelo Branco e a 200 m do fim de ponte que vem da Marginal Tietê. Na expressa tem 1 antigo logo depois.

Foram incluídos dois de faixa de pedestres:

1) Av.João Pedro Cardoso em frente ao nº 300 (nos dois sentidos)- Que liga a Tamoios c/ Pedro Bueno );

2) Av. Pedro Bueno , em frente ao nº. 130l (sentido Jab.), 300 metros antes da Lombada Eletrônica;

Veja a lista de locais onde funcionarão radares do tipo LAP, que lêem placas e flagram infratores do rodízio:

1) Marginal Tietê, sentido Ayrton Senna, nas proximidades do estádio do Canindé;

2) Avenida dos Bandeirantes, sentido marginal, na altura da Rua Alberti Willo;

3) Marginal Tietê, sentido Castello Branco, após a Ponte Atílio Fontana;

4) Avenida Indianópolis, sentido Ibirapuera, próximo à Alameda dos Sorimãs;

5) Avenida Sena Madureira, sentido Vila Mariana, na altura do nº 1.265;

6) Avenida 23 de Maio, sentido Centro, próximo ao Viaduto Pedroso;

7) Marginal Pinheiros, sentido Interlagos, pista expressa, antes da Ponte do Jaguaré;

8) Avenida Alcântara Machado, em ambos os sentidos, na altura da Rua Placidina;

9) Avenida das Nações Unidas no sentido Castello Branco, na altura do nº 7.163. 

Repasse,....é duro trabalhar para sustentar esse esquema de “faturamento”. 





Bom, para variar eu sempre vou discordar dessas justificativas para justificar deslizes de qualquer natureza, então respondi ao amigo e todos os que estavam em sua lista os meus argumentos que seguem abaixo:






  Boa tarde a todos!

  Aproveitando o gancho levantado por nosso companheiro Jairo, eu considero essa informação de muita importância, é sempre bom conhecer os dispositivos que garantem o cumprimento das leis, entendo a analogia com uma arapuca no sentido de ser um meio disfarçado a fim de flagrar (capturar) os motoristas que não observam as regras de trânsito, pois é fato conhecido que os radares que ficam à vista não servem para nada, acredito que um cidadão consciente de suas obrigações não pode ter qualquer tipo de problema com essas coisas, salvo em raríssimas situações cujas circunstâncias nos obrigue a ações excepcionais, às vezes uma vida inteira se passa e tais situações nunca  serão necessárias. Por outro lado esse é um país com alto índice de acidentes de trânsito, acima da média mundial, a questão financeira levantada no e-mail vem a calhar nessa parte, recursos pesados dos impostos são gastos para os atendimentos emergenciais e tratamentos médicos, sem falar em vidas ceifadas, que na maioria das vezes se tratam de pessoas no auge da produtividade que deixam de contribuir com seu trabalho para o desenvolvimento da nação, aí sim se pode dizer que fica duro arcar com a nossa parte para sustentar esse esquema de "faturamento" do custo Brasil, pois estamos perdendo contribuintes que poderiam estar ajudando a aliviar essa carga, fora os recursos que são direcionados para tratar os acidentados. Desde o novo código de trânsito o Brasil vem percebendo uma estagnação no número de acidentes com vítimas fatais, isso dentro de um contexto onde a frota de veículos vem crescendo assustadoramente, esse estancamento de acidentes se deve justamente no endurecimento e cumprimento das leis de trânsito.

É preciso vencer o paradigma no trânsito, da época em que começamos a dirigir, onde o impacto econômico e de produtividade era irrelevante (só as vidas que jamais serão irrelevantes, mas aí pelo menos podemos dizer que era problema de cada um), os tempos são outros, não podemos mais ignorar isso, principalmente para nós que pertencemos a um clube de serviço como o Rotary, que preza pela ética e é sensível às questões sociais, pois no final das contas recursos deixam de chegar onde realmente é necessário e o país cresce menos assim, é difícil, complicado, mas se orientando nos motivos certos conseguiremos.

* essa é uma opinião pessoal, não representando qualquer classe ou grupo de pessoas.

Fabriciu A. V. Benini